28 de jan. de 2010

A lua dança sobre a minha cabeça
reflete a luz do sol na minha janela
me convida a sair de casa
a rua deve de estar tão bela
madrugada fria, calada
não ouço nada, nem sei se estou acordada
parece tudo um sonho, tudo irreal
sigo vagando o rumo do nada
a lua ilumina meus passos
faz da minha sombra fiel companheira
e de minhas desgraças apenas brincadeiras.

21 de jan. de 2010

Liberta a insanidade do calabouço trancado
deixa que dance em seus sonhos
que dos sonhos abra as portas
tome conta da mente
não vive mais como antes
não pensa mais com clareza
vomita palavras indecifráveis
distorce todas as faces vistas
e todas as frases ouvidas
o coração palpita rápido
a face, lívida e gélida descora
delírios são sua memória
e a morte sua nova paixão
conclui o desfecho previsto
retorna a insanidade ao caixão

5 de jan. de 2010

Talvez tenha se passado o tempo da mente
e se instalado o tempo do corpo
o tempo da morte está dormente
e o da infância não mais possuo
assim como estava não via os outros
agora me enche de luz te ver sorrir
sorri pra mim que o tempo da paz está instalado
as máquinas pararam
agora o silêncio reina aqui dentro
á qualquer ruído teu me sobressalto
já moras em meu peito
e nossas vozes são a única coisa que desejo ouvir
acabou a guerra
lidera o coração